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10 de julho de 2010

Cariscultura de William Medeiros


Zaia fez escultura do personagem Roque Santeiro

21/10/2003 22:00
por Salão de Humor
Foto: Manoel Eduardo


Um dos grandes convidados do XXI Salão de Humor do Piauí/Brasil, Izaías Alves da Costa, conhecido nacionalmente como Zaia, que tem como marca caricatura em argila, está em Teresina participando do evento. Ele está radicado há dez anos em Natal, no Rio Grande do Norte, apesar de ser paraibano de nascença.

Há 20 anos trabalhando como caricaturista em argila, Zaia obteve reconhecimento e já fez trabalhos expressivos nacionalmente. Um dos mais famosos foi a escultura do personagem Roque Santeiro, da novela de mesmo nome, da Rede Globo, em 1986. “Modelei a escultura do Roque, mas minha preferência é trabalhar com bustos e caricaturas em argila. Atualmente, faço meus trabalhos na Praia de Ponta Negra, em frente ao Shopping Casa Branca, em Natal”, disse o artista.

Zaia considera o Nordeste o melhor lugar para morar. “Já recebi vários convites e propostas tentadoras de trabalhar em grandes empresas de São Paulo, com bons salários, mas eu já dei minha contribuição e não saio mais de Natal”, disse.

Atualmente, cerca de 99% dos trabalhos de Zaia é levado para a Europa, mais precisamente por turistas que pagam a bagatela de US$ 50 por uma caricatura de si próprios. O trabalho do caricaturista é vendido para países como Espanha, Portugal, França, Itália, Suíça, Suécia, Noruega, Alemanha, entre outros.

No eixo Rio-São Paulo, os trabalhos mais importantes e também recentes foram para uma fábrica de brinquedos, realizando os moldes de bonecas nacionalmente famosas, como
suas homônimas, entre elas a boneca da Sandy (em 1997 e 1998), a Mile, das Chiquititas; a Emília, do Sítio do Pica-Pau-Amarelo.

Quem quiser contratar os trabalhos do artista, Zaia ficará na capital do Piauí até o dia 25. Quem quiser entrar em contato com o artista aqui em Teresina poderá encontrá-lo na Galeria do Clube dos Diários, ou agendar um horário com Vânia (9404-4914). O e-mail de Zaia é: zaia.costa@bol.com.br" .


Destaque na coluna de Gerardo Rabello

Sociedade

Artista plástico imortaliza visitantes
26 de Janeiro de 2009



A idéia de ser imortalizado com um busto, como monumentos de personalidades históricas, está atraindo muita gente ao 9º Salão de Artesanato. Estamos falando de Zaia, artista plástico especialista em cerâmica, que está fazendo o maior sucesso com seus bustos de 20cm de altura.
Só na passagem do Portal Gerardo pelo seu stand, Zaia já havia feito bustos para uma família inteira (foto). Cada mimo custa 80 reais. A secagem dos bustos pode ser natural, em 24 horas ou com secador, em 15 minutos.
Nascido em Pilar e criado em Itabaiana, terra de Sivuca, Zaia despertou para a escultura já aos 8 anos, quando fazia seus próprios brinquedos de barro. O artesão já fez bustos para famosos como Gilberto Gil, Jô Soares, Alceu Valença, Gal Costa e Adriane Galisteu.
O 9º Salão de Artesanato fica em cartaz no verão pessoense até o próximo dia 16 de fevereiro, no Jangada Clube, no Cabo Branco.

9 de julho de 2010

Na Feira das Nações

Texto extraído do blog De Platão à salsicha


Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O melhor do mundo está na Paraíba?

Ontem foi o último dia da Feira dos Estados e Nações. Quem foi, com certeza, se decepcionou. Víamos apenas novidades e estandes em escassez, além de objetos com preços absurdamente altos. No meio de tanta perda de tempo, uma multidão se aglomerava.

Um pequeno estilete, um pouco de água, muita argila e um talento imensurável. Era apenas o que se observava. O escultor paraibano Zaia não precisou de objetos de outros lugares nem de nenhum chamariz para, em pouco tempo, todos pararem boquiabertos diante de tamanha beleza - não a dele, mas a de sua obra. Seu trabalho criava um alvoroço em todos que passavam. Impossível não parar para admirar, pelo menos até ver ele terminar um e começar outro.



Com peças custando 100 reais, o escultor fazia, em aproximadamente 25 minutos, um busto de quem se dispusesse a pagar. Se acha caro, é porque nunca viu a obra do mestre Zaia - como é conhecido. A fila ficava cada vez maior e não vi ao menos uma pessoa (nos 40 minutos que fiquei observando) se queixar do preço ou pedir um desconto. Queria eu ter o dinheiro para também entrar na fila.

Quem quiser saber mais sobre o mestre Zaia, é só acessar seu site, que traz a biografia do escultor em texto, fotos e vídeos. Nessas duas últimas seções, podemos ver os bustos que fez para famosos, bem como outras grandes obras do artista - "grande" no sentido de extensão.

Pessoas como o mestre Zaia são exemplos de que não devemos supervalorizar a cultura estrangeira em detrimento da nossa. Cada espaço tem seus pontos fortes e característicos, um não é melhor ou pior que o outro, apenas diferente - o título da postagem é só um chamariz, pois não acredito que minha cultura seja superior a sua, sendo o inverso também verdade. Contudo, tenho que confessar, fiquei feliz porque, em uma Feira dos Estados e Nações, o que mais chamou atenção foi um paraibano, nascido no interior do estado: Pilar.

Homenagem da Prefeitura de Pilar (PB)

DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2009

Mestre Zaia, nosso filho não menos ilustre!

Para quem não sabe,o ceramista Zaia, é pilarense como José Lins do Rego. Mas se for perguntar nas ruas de Pilar, poucos já ouviram falar sobre este pilarense. Então,vamos saber mais um pouco sobre este pilarense tão ilustre!
Conhecido como o “Mestre Zaia”, nasceu nos anos 60, filho dentre tantos, não poderia deixar de ter em suas mãos, a arte e poesia extraída do próprio chão... Nas brincadeiras de criança, às margens do rio, cabloquinhos brincam alegremente... Nas barranqueiras do rio, a terra em argila transforma-se em peças de fantasias de crianças... Nas feiras livres, entre ruas, becos e animais, nos tabuleiros das velhas paneleiras, obras de expressão popular... Mestre Vitalino, com sua expressão artística, enriquece o imaginário popular... Vaqueiros, boiadeiros, sanfoneiros, bordadeiras, cantadores e contadores de histórias...
Assim compõem o universo de influências no despertar artístico do pequeno Isaias, criando e modelando suas referências, como forma de diversão e expressão verbal... os brinquedos de plástico, marcando o início da modernidade, somente chega às suas mãos, aos 12 anos, quando assim, já consolidado o prazer pela modelagem.
Os oleiros e as velhas e queridas paneleiras, Zé Quenginha, Babá, Tota, Nevinha entre outros, enriquecem seu imaginário... O pequeno Isaías aprende a construir seu próprio forno aos 12 anos.
Na escola, sua habilidade artística conquista o incentivo de professores e amigos. Jovem, aos 16 anos, tem em seus irmãos fardados com uniformes de grandes botões dourados, a severa crítica à vocação natural, provocando uma profunda reflexão em seus objetivos, mantendo-se, porém, fiel à sua vocação natural.
Em época, na cidade de Itabaiana, pedra dançante em língua tupi-guarani, as margens do Rio Paraíba, as possibilidades de trabalho limitavam-se ao funcionalismo público ou ao pequeno comércio local, na qual o jovem Isaías não se entusiasmava.
Seguindo seus anseios, “ganhar o mundo” aos 19 anos foi uma firme decisão, tendo na cidade do Rio de Janeiro, o grande destino da escola da vida e da arte... Passou necessidades, subiu o morro e desceu em avenida comemorando seus trabalhos em alegorias de Escolas de Samba... Participou dos bastidores da Rede Globo, respondendo por equipe de produção cenográfica, atuando em produções cinematográficas, entre programas diários, novelas e filmes, atuou na indústria de brinquedos, com grande repercussão de vendas, entre outros tantas situações, por ele classificadas em aventuras da arte. Sua perseverança permitiu requinte artístico com grande domínio de técnicas de produção artística, entre as quais, modelagens em diversos materiais, pinturas em sua vasta aplicação, etc.
Como reconhecimento, em sua carteira de clientes, figura personalidades como Gilberto Gil, Gal Costa, Alceu Valença, Jô Soares, entre outros tantos, espalhados nos quatro cantos do planeta.
Foi homenageado pela Academia Brasiliense de Arte, Cultura e História. Participa de encontros nacionais, nas artes e no humor, ao lado de figuras como Chico Caruso e Jaguar, entre outros.
Mestre Zaia em sua arte resgata de forma intuitiva, o dom, o entusiasmo, a dedicação e a alegria, de transformar elementos da natureza em expressão que conceituamos arte... Ele, vida.